sábado, 8 de janeiro de 2011

E se...o Brasil tivesse vencido a Itália em 1982?

   Não sou da época, mas pelos relatos, muitos brasileiros choraram ao ver o Brasil sair da Copa do Mundo de 1982. Também, jamais vi essa seleção jogar ao vivo, apenas nos VT’s e sem dúvida, foi futebol dos melhores. Porém, infelizmente, ela não se consagrou como campeã mundial.
 Então, não há melhor maneira de começar um blog de futebol, falando desse time encantador.


  Quando Paolo Rossi fez seu terceiro aos 29 minutos do segundo tempo, os brasileiros ficaram incrédulos. Para muitos a melhor de todos os tempos, estava sendo eliminada de uma Copa do Mundo por uma, apenas, esforçada Itália. A derrota por 3 a 2, foi a mais dolorosa e ainda irá perdurar nas mentes de quem a presenciou.
  Mas e se por um motivo ou por outro, Paolo Rossi não jogasse, Sócrates jogasse o inimaginável ou se Toninho Cerezo não errasse o passe que resultou no segundo gol italiano, como ficaria o mundo do futebol?

O jogo mais traumático para os brasileiros

   Vamos começar de onde tudo acabou para os brasileiros. Dia 5 de junho de 1982, estádio de Sarriá em Barcelona. Brasil e Itália lutam por uma vaga na semifinal, pois ambos os times derrotaram a Argentina dentro do grupo, mas com a única diferença que o Brasil ganhou por um gol a mais e tem vantagem do empate. 
   Por sorte nossa, Gentile, o implacável marcador de Maradona no jogo contra a Argentina, não estava num dia tão espetacular e Zico, aproveitando as brechas conseguiu desenvolver seu melhor futebol. Com isso, não demorou muito para os comandados de Telê Santana abrirem o placar. Mas para não perdermos o costume, a zaga canarinhho tinha seus pontos vulneráveis e como não podia deixar de ser deu um gol de bandeja para Paolo Rossi, que até então era mais atacante problema do que a solução para qualquer ataque (Rossi voltou de suspensão meses antes da Copa, após ficar comprovado envolvimento com manipulação de resultados). 
   O empate já garantia a vaga, mas como Telê Santana adorava jogar ofensivamente, Falcão colocou o Brasil na frente, perto do fim do jogo. A vaga estaria garantida mas como disse Zico logo após o jogo “ Não era nosso dia. Se marcássemos quatro gols, a Itália marcaria cinco”, então, no último lance, Paolo Rossi faz mais um gol e empata a partida. Afinal, jamais conseguiremos ganhar daquela Itália, nem em imaginação.
   Com isso, passaríamos à semifinal e enfrentaríamos a Polônia, que não era das seleções mais assustadoras e contava muito com as estrelas de Lato e Boniek. Não teríamos dificuldades para alcançarmos a final, doze anos após o tri, no México. Na final, enfrentaríamos a temida Alemanha, de Schumacher, Rummenigge, Breitner e Müller, mas nada que pudesse estragar a festa do futebol arte que encantaria as novas gerações com o título de 82.

Zico tinha a oportunidade de levar a seleção à glória. 
Lá não deu, mas aqui, dei um ajuda

Resultados

- O futebol arte brasileiro faria escola mesmo na Europa, deixando para trás a força e tática de alemães e italianos e com isso, hoje, possivelmente não teríamos a escassez de bons times e seleções, apresentando um futebol que encante quem o veja. Com o título italiano, o futebol se focou muito no padrão de jogo que, bem dizer, é usado até hoje, deixando pouco espaço para os talentosos jogadores;

- Com a eliminação nas quartas de finais, Paolo Rossi, não teria entrado para a história como carrasco brasileiro e também não seria o artilheiro do Mundial, juntando tudo isso com os problemas extra-campos, teria vida curta em Turim, onde jogava na Juventus e rodaria por times menores na Itália;

- Telê Santana ficaria imortalizado como o criador de um novo jeito de jogar futebol, assim como Rinus Michel ficou quando encantou o mundo com a Holanda de 1974. Apesar de Michel não ter sido campeão, a marca daquela seleção da Holanda, será eterna, diferente do Brasil de Telê que ficou marcado mais pela eliminação do que pelo futebol vistoso;

- A geração de ouro do Brasil, poderia ser consagrada com o título de campeão mundial. Mas mesmo sem o título, eles sempre ficarão marcados como os precursores do novo “futebol-arte”, que acabou não emplacando no futebol;


- E por fim, a torcida brasileira, jamais teria o trauma do estádio de Sarriá  e de Paolo Rossi.


Indique jogos que você gostaria que tivesse um outro desfecho.
Dúvidas, sugestões e reclamações são sempre bem vindas.


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