quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

E se...Baggio não perdesse o pênalti decisivo na final da Copa do Mundo de 1994

  Quando se fala sobre a final da Copa de 1994, não há outra maneira de lembrar a não ser pelo pênalti perdido por Roberto Baggio, grande craque italiano da época. Mas vale lembrar que ele não foi o único a errar um pênalti naquela final.  Franco Baresi, defensor italiano, já havia perdido sua cobrança pouco antes de Baggio, mas como a de Baggio foi a última, ele foi quem ficou marcado por toda a história.
  Como o primeiro post, o Brasil “ganhou” da Itália, agora é a vez dos italianos vencerem a seleção brasileira.

A Itália ultrapassaria o Brasil 
em títulos mundiais

  Dia 17 de julho de 1994, um horário um tanto estranho para se praticar futebol, 12h30, mas para conseguir arrecadar com mais dinheiro e agradar o horário europeu, brasileiros e italianos entraram sob um calor de quase 40 graus no Rose Bowl, um dos estádios mais importantes dos Estados Unidos. Cerca de 94 mil pessoas lotaram o estádio para ver dois dos melhores jogadores do mundo se enfrentando. Romário de um lado e Roberto Baggio do outro e ambos eram as esperanças de seus países.
 Mesmo machucado desde a semifinal, Roberto Baggio não desapontou, porém seu companheiro de ataque, Massaro, desperdiçava muitos gols. Taffarel fazia milagres enquanto o meio campo brasileiro não se encontrava. Dunga tentava organizar, mas o forte calor atrapalhou muito a dupla Mazinho e Zinho. Romário e Bebeto ficavam sem receber bolas, facilitando o trabalho de Massaro, outro que sofreu uma contusão durante o mundial e voltava justamente na final.
   Para o segundo tempo, Viola veio a campo no lugar de Zinho e deu mais mobilidade ao time. Romário e Bebeto começaram a receber mais bolas porém não dava nada certo para a seleção brasileira. Quando não era a incompetência, era a trave que atrapalhava os brasileiros.
  O zero a zero no tempo normal levou o jogo para a prorrogação. Os dois times exaustos pouco conseguiram criar. A chance mais clara foi de Baggio que frente a frente com Taffarel não conseguiu driblar o arqueiro brasileiro. Aliás, Taffarel vinha se consagrando como grande nome da partida e tinha a oportunidade de comprovar isso na decisão por pênaltis.
Já era quase três horas da tarde quando o árbitro Sandor Puhl fez o sorteio que teve o Brasil como vencedor e com direito a escolher se começava chutando as cobranças ou não.
Preferiu que os italianos começassem.
   Baresi foi o primeiro. Colocou a bola no ângulo direito, enquanto Taffarel pulo para o outro canto. 1 a 0 Itália.
   Márcio Santos foi o primeiro para o Brasil e ele erra. Pagliuca pula no canto direito a meia altura e espalma a bola. E os italianos seguem na frente.
   Albertini foi e marcou o segundo gol italiano com uma cobrança alta, mas no meio do gol. Taffarel arriscou o canto esquerdo e se deu mal. 2 a 0 Itália.
   Branco foi o segundo a cobrar. Um chute forte à esquerda do gol. Pagliuca até pulou mas sem nenhuma chance de defesa. 2 a 1.
   Evani foi cobrar o terceiro pênalti italiano. Mais um chute alto e sem chance para o goleiro brasileiro que foi no canto direito baixo.
    Dunga foi o próximo. Com a raça de sempre, o capitão brasileiro chutou colocado e não deu chances ao goleiro italiano. A bola ainda resvala na trave antes de entrar.
Massaro, dúvida para a partida foi para a cobrança. O nervosismo era visível num dos jogadores mais experientes do elenco da azurra. Tanto nervosismo levou Massaro a chutar mais grama do que bola. Taffarel teve apenas o trabalho de acertar o canto.
  Romário era o próximo. Essa é a chance da seleção empatar o jogo. Romário, que normalmente não cobrava pênaltis, pediu para Parreira deixa-lo cobrar. A confiança que o “baixinho” passou foi tanta que não havia como negar o pedido do melhor jogador da seleção na Copa. E lá foi ele...na trave. Continua 3 a 2 para  a Itália.
   A taça de campeão do mundo estava nos pés de Baggio. Para os brasileiros, restava torcer por Taffarel para ter mais uma chance.
  Mas Baggio dificilmente perdia um pênalti. Com um toque no canto direito, ele deslocou Taffarel e consagra a Itália como primeiro tetracampeão da história do futebol.
   Para o Brasil, resta esperar mais quatro anos para tentar acabar com o jejum que iria para 28 anos até a próxima Copa, na França.

Baggio, o nome da Copa do Mundo. Isso se a Copa fosse para a Itália.


Resultados

- Baggio não seria visto como vilão do jogo e provavelmente ganharia a bola de ouro, que ficou com Romário;

- Romário por sua vez, não conquistaria o prêmio de melhor do mundo, não ficaria eternizado na história dos mundiais e na memória dos brasileiros;

- Seria o fim da Era Dunga na seleção com o segundo fiasco seguido em Copas do Mundo;

- O Brasil partiria para França em 1998 muito mais pressionado, afinal, o jejum partiria para 28 anos sem conquistar um mundial;

- O futebol-resultado da seleção brasileira seria mais uma prova de que precisaríamos apostar mais no talento;

- Parreira seria visto como apenas mais um técnico de futebol;

- E Pelé seria considerado pé-frio, já que estava ao lado de Galvão Bueno na transmissão do jogo.


Vale lembrar que nem todos os fatos narrados aconteceram. Alguns foram modificados para dar contexto e drama na história

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